O ex-secretário de turismo Ed Pereira foi preso na manhã desta quarta-feira (29), na segunda fase da Operação Presságio, que apura supostas ilegalidade na prefeitura de Florianópolis. Renê Justino, Lucas Fagundes e Cleber Ferreira também foram detidos preventivamente (veja o que disseram as defesas ao longo do texto).
CORREÇÃO: O g1 errou ao afirmar que o ex-presidente da Companhia de Melhoramentos da Capital (Comcap), Lucas Arruda foi detido. De acordo com a polícia, o detido, na verdade, foi Lucas Rosa Fagundes, comissionado da fundação de esportes. A informação foi corrigida às 10h39 e pedimos desculpas a Lucas Arruda.
A Polícia Civil também cumpriu nove mandados de busca e apreensão, em Florianópolis, Palhoça, na Grande Florianópolis, e Balneário Camboriú, no Litoral Norte.
Procurada, a defesa de Pereira, feita pelo advogado Claudio Gastão da Rosa Filho, disse que o cliente ficou em silêncio em interrogatório nesta manhã, mas que pretende prestar esclarecimentos quando tiver acesso ao conteúdo da investigação (leia a nota abaixo).
Francisco Ferreira, que faz a defesa de Justino e Ferreira, afirmou “que vai se inteirar da fundamentação do decreto de prisão preventiva à tarde e depois vai se manifestar sobre a defesa”.
A reportagem não conseguiu contato com a defesa de Lucas Fagundes até a última atualização do texto.
A investigação, que começou em 2021, partiu de uma denúncia de que uma empresa de coleta de lixo terceirizada, contratada com dispensa de licitação, teria cometido poluição ambiental na cidade. Na primeira fase eram apurados os crimes de corrupção, fraude em licitação, lavagem de dinheiro.
Nesta manhã, a Polícia Civil que, “em virtude do sigilo da investigação, informações detalhadas serão repassadas após o término das diligências”. Mais de 50 policiais participaram da ação, que segue em sigilo.
Os trabalhos desta manhã foram coordenados pela Delegacia de Investigação de Crimes Ambientais e Crimes contra as relações de Consumo (DCAC) a Diretoria Estadual de Investigação Criminal (Deic).
“Acompanhei meu cliente hoje de manhã no interrogatório na DEIC. Como ainda não tivemos acesso ao inquérito, ele optou por permanecer calado, não para exercer o direito constitucional, mas sim porque pretende prestar todos os esclarecimentos a partir do momento em que ele conhecer o conteúdo de toda a investigação.
Eu terei acesso ao decreto de prisão somente à tarde, de modo que até lá não terei como me manifestar acerca dos fundamentos pelos quais o juiz entendeu agora decretar a prisão de uma pessoa primária, sem antecedentes, que estava colaborando com as investigações e sempre esteve à disposição da Justiça”.
Fonte: G1
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