Um homem foi preso em flagrante apontado por sequestrar uma mulher que viajou do Espírito Santo para conhecê-lo pessoalmente em Porto Belo, no Litoral Norte de Santa Catarina, após três semanas de conversas online. O suspeito tinha a intenção de praticar atos libidinosos contra a vítima, segundo o delegado plantonista Alison Rocha.
A mulher foi resgatada no domingo (9), quando disse à Polícia Militar que chegou na casa do homem e foi forçada por ele a tirar a roupa e ter relações sexuais, pelo menos quatro vezes, todas sem consentimento e sem o uso de preservativo. Ela fez a viajem no sábado (9).
“Constatei que houve o crime de sequestro qualificado, ou seja, quando o crime é praticado para a finalidade de atos libidinosos com a vítima, e aí tem uma pena mais exasperada”, afirmou Rocha.
Em relação crime de ameaça, segundo o delegado, a vítima não quis representá-lo. O suspeito não foi autuado por estupro por falta de estado de flagrante, conforme o investigador.
Além do sequestro qualificado, no entanto, a violência sexual será apurada. “Vai ser encaminhado pelo Ministério Público para a delegacia local para que haja a elucidação, por meio de inquérito policial”, informou o investigador.
O g1 tentou contato com o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), por meio de assessoria de imprensa, mas não teve retorno até a última atualização do texto. Até a tarde de quarta-feira (12), a delegacia de Porto Belo não havia sido notificada sobre a investigação.
O caso foi descoberto após familiares da vítima relatarem que a mulher fez um pedido de socorro por meio de aplicativo de mensagens e enviou a localização de onde estava, no bairro Perequê, aos parentes.
Os denunciantes também repassaram à PM um boletim de ocorrências de desaparecimento, que fizeram no Espírito Santo. Os agentes iniciaram busca e, por volta das 20h de domingo, encontraram a vítima e o suspeito.
A mulher relatou aos policiais que conversava online com o suspeito, constantemente, há cerca de três semanas, e que havia aceitado a proposta dele de viajar para Santa Catarina para conhecê-lo pessoalmente, com a promessa de um relacionamento estável.
Ao chegar na casa do homem ela afirmou que foi mantida no local. Ela teria sido obrigada a limpar e cozinhar e que, “por diversas vezes foi forçada ter relação sexual, sendo humilhada”, informou a PM em relatório enviado à imprensa.
A mulher relatou, ainda segundo a PM, que o homem recebia dinheiro de negociações de vendas de cartões clonados e cédulas de dinheiro falso. O g1 questionou a Polícia Civil sobre o crime e aguardava o retorno até a última atualização do texto.
fonte: g1
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