A idosa de 64 anos que teve queimaduras graves após fazer uma aplicação de peeling de fenol em uma clínica de Curitiba recebeu alta hospitalar, de acordo com a Polícia Civil do Paraná (PC-PR).
Conforme a polícia, a alta foi na quinta-feira (20). Não há informações sobre o estado atual de saúde da vítima.
Nesta terça-feira (25), uma resolução publicada pela Anvisa proibiu temporariamente a importação, fabricação, manipulação, comercialização, propaganda e uso de produtos à base de fenol em procedimentos de saúde em geral ou estéticos. Leia mais abaixo.
Segundo a corporação, a vítima fez o procedimento em 25 de maio com Pâmila Rios, que se apresentava nas redes sociais como esteticista e biomédica. Depois, a paciente passou a sentir dores e, 11 dias após o peeling, foi hospitalizada com queimaduras de segundo e terceiro graus.
No início da investigação, a delegada Aline Manzatto afirmou que, além de existirem indícios de que Pâmila não poderia realizar o procedimento, a mulher não deu orientações adequadas para a paciente.
“Por diversas ocasiões, após o procedimento, a vítima e os familiares questionaram a profissional sobre a necessidade de assistência médica, a qual teria afirmado que as dores eram normais e apenas recomendou a aplicação de uma pomada no rosto”, afirmou a delegada.
Em 11 de junho, a suspeita prestou depoimento à polícia e afirmou que é estudante de biomedicina, diferentemente da forma que se apresentava, como biomédica e esteticista, profissões que exigem formação específica.
Quando o caso veio à tona, o advogado de Pâmila, Paulo Cristo, disse que ela tem capacitação para realizar o procedimento, apesar de não ter formação na área da saúde.
Em 13 de junho, a Polícia Civil fez uma operação na clínica da suspeita e encontrou produtos injetáveis sem registro Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), incluindo frascos de fenol manipulado e ácido hialurônico vencido.
A polícia disse que o caso continua sendo investigado e que testemunhas estão sendo ouvidas.
Avisa proibiu venda de fenol temporariamente
Segundo a Anvisa, a medida cautelar que proibiu a venda de fenol tem o objetivo de “zelar pela saúde e integridade física da população brasileira, uma vez que, até a presente data, não foram apresentados à Agência estudos que comprovem a eficácia e segurança do produto fenol para uso em tais procedimentos”.
Em nota, a agência informou que a determinação ficará vigente durante as investigações sobre os potenciais danos associados ao fenol.
O fenol é um composto orgânico ácido que provoca uma reação inflamatória na pele. A inflamação causa descamação da superfície do tecido. O objetivo é reduzir manchas, rugas e cicatrizes, mas pode trazer riscos à saúde.
fonte: tivinet
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