Homem é suspeito de abusar de adolescente que estava dormindo sozinha em casa
Um homem de 35 anos foi preso em flagrante suspeito de abusar de uma adolescente de 14 anos que estava dormindo sozinha em casa. O caso aconteceu em Castro, nos Campos Gerais do Paraná, no sábado (18) – Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. Saiba mais abaixo.
Segundo a delegada da Polícia Civil Renata Batista, o suspeito é vizinho da família e trabalhava juntamente com o pai e o irmão da vítima.
“O indivíduo, sabendo que ambos estariam fora por conta do trabalho, aproveitou-se para adentrar na residência do irmão da vítima, onde a adolescente encontrava-se dormindo e, sorrateiramente, valendo-se da vulnerabilidade pelo estado da vítima não ter capacidade de resistência, praticou atos libidinosos”, explica.
Posteriormente, a menina pediu socorro à mãe, que denunciou o crime à polícia, de acordo com a delegada.
O homem foi preso com o apoio da Guarda Municipal de Castro e o Conselho Tutelar foi acionado para prestar assistência à adolescente.
“Trata-se de um indivíduo com extensa ficha criminal, anteriormente preso pelos crimes de tráfico de drogas, homicídio e porte ilegal de arma de fogo. Ele fazia uso de tornozeleira eletrônica”, afirma a delegada.
O nome do suspeito não foi revelado. O g1 tenta identificar a defesa dele.
O Código Penal prevê pena de 8 a 15 anos de anos de prisão para o crime de estupro de vulnerável.
A criação do Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes foi instituída pela Lei nº 9.970 em 17 de maio de 2000.
A data é dedicada à memória de Araceli Cabrera Sánchez Crespo, uma menina de 8 anos que, em 18 de maio de 1973, no estado do Espírito Santo, foi sequestrada, vítima de diversas formas de violência e, posteriormente, morta por seus sequestradores. O corpo foi encontrado seis dias depois, e os responsáveis pelo crime nunca foram punidos.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a cada 24 horas 320 crianças e adolescentes são explorados sexualmente no Brasil. A maioria – 75% são meninas.
“No entanto, esse número pode ser ainda maior, já que apenas 7 em cada 100 casos são denunciados”, ressalta o Unicef, sigla em inglês do Fundo Internacional de Emergência das Nações Unidas para a Infância.
Conforme relatório publicado pelo Fórum Catarinense pelo Fim da Violência e da Exploração Sexual Infantojuvenil, existem algumas ações a ser adotadas quando é descoberto um caso de violência sexual que tem como vítimas crianças ou adolescentes. Veja abaixo:
- não pense que ela/ele esteja faltando com a verdade;
- incentive a criança e/ou o(a) adolescente a falar sobre o ocorrido com algum especialista, mas não a(o) obrigue;
- fale sempre em ambiente isolado para que a conversa não sofra interrupções nem seja constrangedora;
- evite tratar do assunto com aqueles que não poderão ajudar;
- denuncie e procure ajuda de um profissional;
- converse de um jeito simples e claro para que a criança e/ou o(a) adolescente entendam o que você está querendo dizer;
- nunca desconsidere os sentimentos da criança e/ou do(a) adolescente;
- reconheça que se trata de uma situação difícil; e
- esclareça para a criança e/ou o(a) adolescente que a culpa não é dela/dele;
- não os(as) trate com piedade e sim com compreensão.
Denúncias podem ser feitas pelos telefones 100, do Disque Direitos Humanos, e 190, da Polícia Militar. Outras opções são contatar o Conselho Tutelar ou a Polícia Civil locais.
Fonte:g1.com